terça-feira, 12 de abril de 2011
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Especial Páscoa: Valor Nutricional do Bacalhau
Conhecido pelo delicioso sabor e associado a ocasiões especiais, o Bacalhau é um alimento extremamente rico em vitaminas e sais minerais indispensáveis àqueles que buscam uma alimentação saudável. O pescado possui baixo teor de gordura e é rico em proteínas de elevado valor biológico. Contém altos teores de vitaminas A, E, B6 e B12, sódio,cálcio, fósforo, magnésio e de Ômega 3. Os ácidos graxos Ômega 3, como o ácido alfa-linolênico, ácido eicosapentaenóico e o ácido docosahexanóico, são ácidos carboxílicos poliinsaturados sem os quais nosso organismo não funciona adequadamente. Este elemento possui um forte efeito protetor para a saúde do coração e importante função no desenvolvimento de cérebro. O Ômega 3 melhora a concentração, a memória, as habilidades motoras, aumenta a motivação, diminui os triglicérides, diminui a pressão sanguínea, previne o batimento cardíaco irregular, aumenta a fluidez do sangue e ainda neutraliza o stress.
Já a Vitamina A tem ação protetora sobre a visão, pele e mucosas e a vitamina E melhora a oxigenação celular, ajuda nas dores menstruais, aumenta a energia muscular e é essencial em processos de cura. A vitamina B12, também presente em altas concentrações no Bacalhau, age sobre os glóbulos vermelhos, células nervosas, equilíbrio hormonal, na beleza da pele e também ajuda o sistema de imunização do corpo e no controle dos níveis de glicose no sangue.
O Bacalhau também proporciona uma boa ingestão de Cálcio que é necessário para a contração dos músculos, contração e expansão das artérias, secreção de hormônios e enzimas e envio de mensagens, através do sistema nervoso. Também presente em boas concentrações no pescado, estão os sais minerais como o Magnésio, que ajuda na contração muscular e metabolismo energético; o Sódio, importante eletrólito para a transmissão nervosa, contração muscular e equilíbrio de fluidos no organismo e o Fósforo que possui papel muito importante na formação de ossos e de dentes, intervindo também nas reações químicas em que se libera energia. Além de delicioso e versátil, o Bacalhau deve fazer parte da dieta de todos que desejam uma vida saudável devido às suas propriedades nutricionais.
O BACALHAU NÃO DEVE SER FERVIDO PARA NÃO RESSECAR!
domingo, 10 de abril de 2011
Especial Páscoa: A tradição religiosa do Bacalhau na Páscoa e no Natal
A Igreja Católica, na época da Idade Média, mantinha um rigoroso calendário onde os cristãos deveriam obedecer os dias de jejum, excluindo de sua dieta alimentar as carnes consideradas "quentes". O bacalhau era uma comida "fria" e seu consumo era incentivado pelos comerciantes nos dias de jejum. Com isso, passou a ter forte identificação com a religiosidade e a cultura do povo português.
Conforme relatam os autores do livro "O Bacalhau na Vida e na Cultura dos Portugueses":
"O número de dias de jejum e abstinência a que se sujeitavam anualmente os portugueses era considerável, não se limitando ao período da Quaresma, a época do ano em que o bacalhau era "rei" à mesa. Segundo Carlos Veloso, durante mais de um terço do ano não se podia comer carne. Assim era na "Quarta-Feira de Cinzas e todas as Sextas e Sábados da Quaresma, nas Quartas, Sextas e Sábados das Têmperas, (n)as vésperas do Pentecostes, da Assunção, de Todos-os-Santos e do dia de Natal e ainda nos dias de simples abstinência, ou seja, todas as Sextas-Feiras do ano não coincidentes com dias enumerados para as solenidades, os restantes dias da Quaresma, a Circuncisão, a Imaculada Conceição, a Bem-Aventurada Virgem Maria e os Santos Apóstolos Pedro e Paulo."
O rigoroso calendário de jejum foi aos poucos sendo desfeito, mas a tradição do bacalhau se mantém forte nos países de língua portuguesa até os dias de hoje, principalmente no Natal e na Páscoa, as datas mais expressivas da religião católica, onde se comemoram o Nascimento e a Ressurreição de Cristo.
sábado, 9 de abril de 2011
Especial Páscoa: A tradição popular do bacalhau.
Durante muitos anos o bacalhau foi um alimento barato, sempre presente nas mesas das camadas populares. Era comum nas casas brasileiras o bacalhau servido às sextas-feiras, dias santos e festas familiares.
Após a 2ª Guerra Mundial, com a escassez de alimentos em toda a Europa, o preço do bacalhau aumentou, restringindo o consumo popular. Ao longo dos anos foi mudando o perfil do consumidor do bacalhau, e o consumo popular do peixe se concentrou, principalmente, nas principais festas cristãs: a Páscoa e o Natal.
Atualmente, o bacalhau está totalmente incorporado à cultura culinária brasileira. Todos os bons restaurantes oferecem em sua carta o nobre pescado, e o bolinho de bacalhau é preferência nacional nos bares e botequins. Como em Portugal, também desperta paixões e inspira famosos escritores.
"Gosto de bacalhau seco, compacto. Sempre esqueço que é um peixe que singrou outrora os mares até cair nas malhas e na ganância dos pescadores. Presente raro dos deuses, o bacalhau, para mim, nasceu simplesmente salgado, sempre em postas e, neste estado, graças ao engenho humano, é levado à mesa e entregue à sanha de nossa gula."
Nélida Piñon, Brasil, 1996
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Especial Páscoa: O começo do bacalhau no Brasil
O hábito de comer bacalhau veio para o Brasil com os portugueses, já na época do descobrimento. Mas foi com a vinda da corte portuguesa, no início do século XIX, que este hábito alimentar começou a se difundir. Data dessa época a primeira exportação oficial de bacalhau da Noruega para o Brasil, que aconteceu em 1843.
Na edição do Jornal do Brasil de 1891 está registrado que os intelectuais da época, liderados por Machado de Assis, reuniam-se todos os domingos em restaurantes do centro do Rio de Janeiro para comer um autêntico "Bacalhau do Porto" e discutir os problemas brasileiros. Mais de um século depois, ainda são muito comuns nos restaurantes especializados estes "almoços executivos", onde a conversa sobre negócios é feita saboreando um bom bacalhau.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Especial Páscoa: A Pesca do Bacalhau em Portugal
O bacalhau chegava a Portugal de várias formas. Até o meio do século XX, os próprios portugueses aventuravam-se pelos perigosos mares da Terra Nova, no Canadá, para a pesca do bacalhau.
"Nos finais do séc. XIX, as embarcações portuguesas enviadas à pesca do Bacalhau eram de madeira e à vela, sendo praticada a pesca à linha. Tratava-se de uma prática muito trabalhosa, apenas rentável em regiões onde abundava o peixe. Este tipo de pesca era praticado a partir dos dóri: pequenas embarcações de fundo chato e tabuado rincado, introduzidas em Portugal nos finais do século passado."( Extraído de Apontamentos Etnográficos de Aveiros - Universidade de Aveiros - http://www.dlc.ua.pt/etnografia).
O artigo de Teresa Reis, sobre a Pesca do Bacalhau, retrata um pouco desta aventura:
"Na pesca do bacalhau, tudo era duplamente complicado. Maus tratos, má comida, má dormida...Trabalhavam vinte horas, com quatro horas de descanso e isto, durante seis meses. A fragilidade das embarcações ameaçava a vida dos tripulantes" dizia Mário Neto, um pescador que viveu estes episódios e pode falar deles com conhecimento de causa.
Quando chegava à Terra Nova ou Groenlândia, o navio ancorava e largava os botes. Os pescadores saíam do navio às quatro da manhã e só regressavam à mesma hora do dia seguinte, com ou sem peixe e uma mínima refeição: chá num termo, pão e peixe frito. No navio, o bacalhau era preparado até às duas ou três da manhã. Às cinco ou seis horas retomava-se a mesma faina. Isto, dias e dias a fio, rodeados apenas de mar e céu. ... Vidas duras...!"
"Na pesca do bacalhau, tudo era duplamente complicado. Maus tratos, má comida, má dormida...Trabalhavam vinte horas, com quatro horas de descanso e isto, durante seis meses. A fragilidade das embarcações ameaçava a vida dos tripulantes" dizia Mário Neto, um pescador que viveu estes episódios e pode falar deles com conhecimento de causa.
Quando chegava à Terra Nova ou Groenlândia, o navio ancorava e largava os botes. Os pescadores saíam do navio às quatro da manhã e só regressavam à mesma hora do dia seguinte, com ou sem peixe e uma mínima refeição: chá num termo, pão e peixe frito. No navio, o bacalhau era preparado até às duas ou três da manhã. Às cinco ou seis horas retomava-se a mesma faina. Isto, dias e dias a fio, rodeados apenas de mar e céu. ... Vidas duras...!"
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Especial Páscoa: Bacalhau - A industrialização na Noruega
Foi o mercador holandês Yapes Ypess que fundou a primeira indústria de transformação na Noruega e é considerado o pioneiro na industrialização do peixe.
A partir daí, a crescente demanda na Europa, América e África foi aumentando o número de barcos pesqueiros e de pequenas e médias indústrias pela costa norueguesa, transformando a Noruega no principal pólo mundial de pesca e exportação do bacalhau.
"Se o bacalhau nos abandonar, a que nos agarraremos? O que levaremos a Bergen para trocar por ouro?"
Peter Daas, Trumpet of Nordland, Noruega, 1735
Peter Daas, Trumpet of Nordland, Noruega, 1735
terça-feira, 5 de abril de 2011
Especial Páscoa: As Guerras do Bacalhau
O bacalhau foi uma revolução na alimentação, porque na época os alimentos estragavam pela precária conservação e tinham sua comercialização limitada ( a geladeira surgiu no século XX). O método de salgar e secar o alimento, além de garantir a sua perfeita conservação mantinha todos os nutrientes e apurava o paladar. A carne do bacalhau ainda facilitava a sua conservação salgada e seca, devido ao baixíssimo teor de gordura e à alta concentração de proteínas.
Um produto de tamanho valor sempre despertou o interesse comercial dos países com frotas pesqueiras. Em 1510, Portugal e Inglaterra firmaram um acordo contra a França. Em 1532, o controle da pesca do bacalhau na Islândia deflagrou um conflito entre ingleses e alemães conhecido como as "Guerras do Bacalhau". Em 1585, outro grande conflito envolveu ingleses e espanhóis.
Por isso, ao longo dos séculos, várias legislações e tratados internacionais foram assinados para regular os direitos de pesca e comercialização do tão cobiçado pescado. Atualmente, com a espécie ameaçada de extinção em vários países, como o Canadá, tratados internacionais de controle da pesca estão sendo revistos, com o objetivo de assegurar a reprodução e a preservação do "Príncipe dos Mares".
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Especial Páscoa: Um Alimento Milenar - o início do bacalhau com os Espanhóis e os Vikings
Bacalhau para os povos de língua portuguesa; Stockfish para os anglo-saxônicos; Torsk para os dinamarqueses; Baccalà para os italianos; Bacalao para os espanhóis; Morue, Cabillaud para os franceses; Codfish para os ingleses.
(O nome bacalhau, de acordo com o Dicionário Universal da Língua Portuguesa, tem origem no latim baccalaureu. )
Mundialmente apreciado, a história do bacalhau é milenar. Existem registros de existirem fábricas para processamento do Bacalhau na Islândia e na Noruega no Século IX. Os Vikings são considerados os pioneiros na descoberta do cod gadus morhua, espécie que era farta nos mares que navegavam. Como não tinham sal, apenas secavam o peixe ao ar livre, até que perdesse quase a quinta parte de seu peso e endurecesse como uma tábua de madeira, para ser consumido aos pedaços nas longas viagens que faziam pelos oceanos.
Mas deve-se aos bascos, povo que habitava as duas vertentes dos Pirineus Ocidentais, do lado da Espanha e da França, o comércio do bacalhau. Os bascos conheciam o sal e existem registros de que já no ano 1000, realizavam o comércio do bacalhau curado, salgado e seco. Foi na costa da Espanha, portanto, que o bacalhau começou a ser salgado e depois seco nas rochas, ao ar livre, para que o peixe fosse melhor conservado.
domingo, 3 de abril de 2011
Especial Páscoa: Chocolate e Diabetes
Nesse período da pré-páscoa, vemos os corredores do comércio ficando mais coloridos com os populares Ovos de Páscoa. Isso torna difícil controlar o impulso de consumir chocolate, mas esse consumo deve ser controlado especialmente por quem sofre de diabetes.
Conduta
Para os diabéticos a ocasião deve ser tratada com cautela, o consumo de carboidratos nunca pode superar ao limite diário estipulado. As crianças diabéticas sofrem bastante nessa época, privar o chocolate pode gerar muitos transtornos, por isso o chocolate não é proibido, mas o consumo deve ser controlado. Uma boa solução é ter uma boa conversa com o a criança e sempre ser orientado por um profissional nutricionista.Estudos feitos pela Associação Americana de Chocolates, divulgados no site da Associação Brasileira de Indústria de Chocolates, Cacau, Balas e Derivados (ABICAB), demonstram que o chocolate, quando integrado a um plano alimentar balanceado, não aumenta os níveis de colesterol no sangue. Também desmistifica o fato de que o chocolate e outros doces sejam substâncias causadoras de diabetes e que, tampouco, ele precisa ser completamente evitado por pessoas com diabetes.
Light, Diet
Nessa época do ano, as prateleiras de supermercados e lojas estão repletas de opções. Os ovos light são boas alternativas quando se observam os teores de gordura e a quantidade de calorias. Nos rótulos deve-se procurar ler se contém sacarose (açúcar da cana) ou muita quantidade de frutose. Isto não estaria indicado para o portador de diabetes.
O chocolate diet revela-se outra boa opção, caso ele tenha menos carboidratos total em relação ao chocolate tradicional e, no máximo, 5 gramas para 15 gramas de carboidrato.
sábado, 2 de abril de 2011
Especial Páscoa: Origem do Ovo de Chocolate na Páscoa
O ovo é considerado a mais perfeita embalagem natural. Em diversas culturas também simboliza o começo do universo. Os sacerdotes druidas escolheram o ovo como símbolo de sua seita. Outra corrente assegura que o ovo é símbolo pascal inspirado no costume chinês de colorir ovos de pata, para celebrar a vida que deles se origina.
Ovos eram cozidos e comidos durante os festivais do antigo Egito, Pérsia, Grécia e Roma. Coloridos, eram presenteados para celebrar a chegada da florida primavera, depois do inverno branco no Hemisfério Norte.
Estas culturas tinham o ovo como emblema do universo, a palavra da suprema divindade, o princípio da vida.
Vários costumes associados à Páscoa não existiam até o século XV.
Acredita-se que os missionários e os cruzados trouxeram para a Europa Ocidental o costume de presentear com ovos. Na época medieval, eram pintados de vermelho para representar o sangue de Cristo.
Os cristãos adotaram esta tradição e o ovo passou a ser o símbolo da tumba da qual Jesus ressuscitou.
Ovos de chocolate começaram a aparecer no século XVII. Ovos de plástico recheados de ovos de chocolate ou bombons surgiram na década de 60.
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